“A AFUMAPEC não está aqui para brincadeira” Élide Cunha, Presidente da “Associação dos Funcionários Públicos Municipais Aposentados e Pensionistas de Cubatão”

 

Na semana em que a AFUMAPEC completa 26 anos de existência, a presidente da Associação fala em entrevista exclusiva à FOLHA DE CUBATÃO, das lutas e conquistas dos servidores ao longo dos últimos anos, além dos projetos para da entidade em curto, médio e longo prazo

 

VALENTIM CARDOZO

Da Redação

 

FOLHA DE CUBATÃO - Como foi resgatar a AFUMAPEC depois da instituição ficar por anos quase sem alguma atividade?

ÉLIDE CUNHA - Foi um grande desafio. Porém isso só foi possível devido os associados acreditarem que ainda poderíamos ter uma grande representatividade, dentro do funcionalismo público municipal. Algo que foi conseguido com muito esforço e empenho, pois montamos a nova diretoria, a qual se organizou e logo começou a render frutos, os quais podem ser vistos não só com discursos, mas também com dados e representatividade em várias áreas de atuação.

FOLHA DE CUBATÃO - Como a diretoria conseguiu aumentar de poucos mais de 100 para quase 1.500 associados em um curto espaço de tempo?

ÉLIDE CUNHA - A palavra chave para isso acredito que seja o comprometimento além da vontade de fazer as coisas crescerem de forma ordenada, com planejamento. Primeiramente fomos buscar amparo jurídico, para que tudo ocorresse dentro da legalidade e com um norte a ser traçado. Hoje temos uma assessoria jurídica, muito bem conduzida pelo Dr. Kerginaldo Marques, que tem fundamental importância nas ações da associação. Essa organização em saber o que precisávamos nos trouxe a certeza em saber para onde e como caminhar. Demos um salto de algumas dezenas para mais de mil associados e já estamos caminhando para a casa dos dois mil e pretendemos aumentar esse número ainda mais.

FOLHA DE CUBATÃO - Parece que o funcionário público, não só os aposentados os pensionistas, mas também os próprios ativos enxergam na sua figura uma representatividade que parecia esquecida por alguns anos. Uma prova disso é o grande número de associados presentes nas sessões da Câmara Municipal?

ÉLIDE CUNHA - Com certeza. Conseguimos marcar presença nas sessões sempre brigando pelas nossas pautas e, quando digo presença, não me refiro apenas aos diretores da AFUMAPEC, mas sim da massa de funcionários aposentados e os pensionistas de Cubatão. Quem acompanha as sessões da Câmara sabe muito bem, o quanto que a categoria marca presença, lotando e muito as cadeiras da galeria do Plenário.

FOLHA DE CUBATÃO - Você considera as ações da entidade, principalmente, na luta pela preservação patrimonial e financeira do chamado “Fundo Blindado”, um divisor de águas na sua gestão?

ÉLIDE CUNHA - Foi um divisor de águas não da gestão da Élide Cunha, mas sim na crença da categoria em se fazer valer os direitos daqueles que construíram o patrimônio dessa prefeitura durante praticamente toda a vida. Quem pensa que essa luta acabou, se engana, pois apesar dos entraves, conquistamos força jurídica em instâncias superiores e o respeito da Câmara de Vereadores. Pois até os parlamentares que fazem parte da base desse Governo, viram que não estamos aqui por politicagem ou algo do tipo, mas sim na ideia de se fazer valer os nossos direitos, os quais iremos busca-los independente do que tenhamos que batalhar para isso.

FOLHA DE CUBATÃO - Até agora, medidas como deixar o Ministério Público a par dos acontecimentos envolvendo o servidor tem sido uma conduta adotada pela sua diretoria. Vocês pretendem continuar a adotar esse caminho?

 ÉLIDE CUNHA - Com certeza, pois o MP é o órgão fiscalizador dos poderes. Precisamos dele assim como o próprio órgão precisa do comprometimento sério das instituições que brigam por valerem seus direitos. Como já disse anteriormente, priorizarmos a nossa organização para chegarmos ao que nos é de direito, pois acreditamos que só “bater bumbo”, de forma desorganizada não vai resolver muita coisa.

FOLHA DE CUBATÃO - Sendo assim, como pretendem chamar ainda mais a atenção das pessoas, para que vejam que vossa luta é digna, de grande valia e intermitente?

ÉLIDE CUNHA - Além da nossa assessoria jurídica, contamos também com uma assessoria de imprensa a qual nos proporciona chegar aos canais de comunicação na região. Dentro dos últimos meses a luta da entidade teve destaque em boa parte da mídia da local, incluindo telejornais, sites e programas de entrevista, o que tem dado cada dia mais visibilidade e respeito para a AFUMAPEC perante toda a sociedade.

FOLHA DE CUBATÃO - Já existe um planejamento para isso?

ÉLIDE CUNHA - Sim. Pretendemos aumentar os nossos canais de interação com os associados. Pretendemos em breve também lançar um informativo periódico, informando sobre todas ações da categoria e também sobre tudo o que diz respeito a previdência nas esferas dos poderes. Tudo isso baseado no conhecimento técnico que estamos construindo, por meio de nossas assessorias.

FOLHA DE CUBATÃO - O “pente fino” que a AFUMAPEC vem realizando com passar dos anos tende a continuar?

ÉLIDE CUNHA - O passar do tempo nos deixa mais convictos de nossas ações futuras. Temos base para batermos na mesa com novos questionamentos, os quais já foram levantados e virão à tona no momento certo.

FOLHA DE CUBATÃO - Podemos dizer que estes futuros questionamentos são provas contundentes?

ÉLIDE CUNHA - Quem está aí para avaliar se os questionamentos são legais ou não de nossa parte é a própria Justiça. Porém, como já lhe disse, a AFUMAPEC é uma instituição séria e não está aí para brincar, ainda mais quando o assunto é o direito do funcionário público. Afinal, somos todos servidores.

FOLHA DE CUBATÃO - O que podemos esperar da AFUMAPEC daqui para frente?

ÉLIDE CUNHA - Empenho, dedicação, comprometimento e respeito com todos aqueles que deixaram o seu suor nas cadeiras do funcionalismo público. Independentemente de quem esteja ou seja o poder do momento. É para isso que a AFUMAPEC existe