Presidente Élide Cunha se posiciona contra o valor reajustado no salário da categoria
A Câmara de Cubatão aprovou o projeto de lei complementar encaminhado ao Legislativo da cidade pelo prefeito de Cubatão, Ademário Oliveira (PSDB), oferecendo reajuste de 5% os salários dos servidores públicos municipais. Também junto ao reajuste, o projeto propunha R$ 34 reais de reajuste ao funcionalismo público municipal.
A sessão que sacramentou a validação desse aumento ocorreu no último dia 26 de março e os vereadores considerados de oposição ao Governo se manifestaram contra esse índice. Os membros da Casa de Leis de Cubatão, inclusive, pediram a obstrução da sessão para que houvesse tempo de discutir com as categorias da classe servidora.
Vale lembrar que a atual Administração municipal, desde o primeiro mandato de Ademário, está longe de ser unanimidade entre a categoria. Sangria nos direitos do funcionalismo, as bombas nos servidores e recente utilização da reserva previdenciária (fundo blindado) marcaram os quase 8 anos do chefe do Executivo cubatense.
Além disso, é notório ver nas redes sociais dos vereadores oposicionistas, publicações denunciando descasos na educação, saúde e próprio públicos.
Uma das principais lideranças dos servidores de Cubatão atualmente, Élide Cunha, que é presidente da Associação de Funcionários Públicos Aposentados de Cubatão – AFUMAPEC, diz que o reajuste proposto pela Administração não atende às necessidades dos servidores e ressalta que os Projetos de Lei de interesse do Executivo estão sendo votados praticamente na surdina dentro da Casa de Leis cubatense. “O reajuste que a Administração está oferecendo é ínfimo perto de todas as perdas que os servidores tiveram nesses últimos anos e, além disso, esses 5% de aumento não acompanham a alta dos preços dos itens mais básicos como alimentação e saúde, o que afeta ainda mais os aposentados, uma vez que é a parcela da população que mais faz uso de medicamentos. Não bastasse tudo isso, o que o Governo chama de 'reajuste' não foi discutido com as categorias, nem mesmo no âmbito do Legislativo. A Câmara está em reforma e as votações não estão acontecendo no plenário, mas sim em uma sala onde ficam os integrantes da mesa diretora, enquanto os demais vereadores votam cada de forma virtual, cada um em outras acomodações. Ou seja, não há público, não há transparência e, muito menos, possibilidade de participação da população.” diz Élide.
Vereador
Uma das vozes mais ativas dentro do plenário é do vereador Alessandro oliveira – PL (a FOLHA DE CUBATÃO entrou em contato com os 15 vereadores da casa, no entanto, apenas Alessandro havia respondido até o término dessa reportagem), deixou claro seu pensamento sobre o tal reajuste:
“Mais uma vez o Executivo trata a classe dos servidores municipais com desprezo e desrespeito. Não há transparência e devida importância dada pela administração às 'eventuais' negociações sobre o dissídio coletivo da categoria. São anos de perdas na carreira do funcionalismo municipal, com retirada de benefícios e salários abaixo do mercado, mesmo se comparado com outras prefeituras da região.
Será um escárnio com a categoria, caso os boatos se confirmem, de reajuste apenas da correção inflacionária do período, com argumento de queda de arrecadação, sendo que os constantes superávits orçamentários e os recentes aumentos próximos à 100% para cargos de confiança, para o cargo de prefeito e secretários municipais demonstra justamente o contrário da alegação da Administração, de queda de arrecadação”, diz o parlamentar.
Hoje o quadro de funcionários da prefeitura de Cubatão tem 3.774 servidores na ativa, 2.632 aposentados e 695 pensionistas
Nenhum comentário. Seja o primeiro a comentar!