Ao lembrar Nêga e Papagaio, conselheiro exige maiores explicações vindas da Saúde

Manoel Serpa relembra os legados de Nêga e Papagaio

A manutenção do Fundo da Saúde é a principal cobrança de Manoel Serpa.

 

VALENTIM CARDOZO
Da Redação

 

Realmente o ano de 2020 vai ficar marcado como um ano difícil para toda a humanidade. A pandemia de coronavírus pelo Mundo realmente rege os atuais 365 dias do calendário, como um ano sabático e cheio de problemas a serem resolvidos. No Brasil, podemos salientar o drama que estados e municipios passaram ao longo dos meses que teimam em não passar , refletidos principalmente nas difíceis perdas de vidas que se foram pelos leitos de hospitais, santas casas e postos de saúde espalhados por toda a nação.

Em Cubatão, toda essa luta ficou marcada principalmente por um único orgão. O Conselho Municipal de Saúde não conviveu apenas com o legado da COVID-19, mas também com as inúmeras inaugurações do Centro de Oncologia, que ainda não atende os anseios da população, além da falta de esclarecimentos vindas da própria Secretaria Municipal da pasta e da própria mesa diretora do Conselho. Esse é  o questionamento do conselheiro Manoel  Serpa Pinto Neto.

No entanto talvez as maiores percas vieram pela partida física da ex-conselheira e vereadora cubatense Nêga Pieruzzi e do também conselheiro e integrante da mesa diretora do órgão, Paulo "Papagaio". Ambos com legados de anos junto ao Conselho, deixaram lições aos mais novos, que assim como eles, lutam e sonham arduamente com a melhora da saúde no município, principalmente nos tempos difíceis os quais a cidade enfrenta em meio ao coronavírus.

Serpa argumenta que o ano o qual  já vinha sendo considerado "sabático", tornou-se ainda mais difícil com as saudosas presenças de Nêga e Papagaio. " Ambos com seus argumentos fortes traziam tudo pronto para que pudéssemos iniciar nossas batalhas, pois como não lembrar da carta escrita a mão pela Nêga Pieruzzi, direcionada ao grupo que dirige atualmente o Hospital de Cubatão, cobrando ações sobre a demora da entrega do Centro  Oncológico", diz Serpa, que integra o Conselho por meio da Pastoral da Igreja Católica /PDST-Aids.

"Não podemos nunca esquecer que a dificuldade do Conselho em averiguar os fatos da Secretaria Municipal de Saúde já ocorrem há várias administrações. No entanto, essa ficou marcada pelas perpétuas situações não regulares ao Conselho, já que podemos afirmar que todo o o regimento dos Conselhos no Brasil, falam sobre a obrigatoriedade da Pasta, via o orgão pelo trato do Fundo Municipal de Saúde, o que não ocorre em Cubatão", diz o Conselheiro.

"O histórico de Cubatão revela que o dinheiro não fica na Secretaria de Saúde, porque ele é regido pela Secretaria de Planejamento. Essa é uma primeira luta na qual tentamos por várias veses resolver, inclusive indo no Ministério Público Estadual, do qual ainda esperamos respostas", relata, exigindo uma prestação de contas mais clara perante o Conselho.

Outro fator ressaltado por Serpa é que nenhuma reunião (nem mesmo virtual por vídeo conferência) ocorreu  durante o período de pandemia. "Isso não representa o respeito que o Conselho merece, nem vindo da própria mesa diretora nem da Secretária Municipal, para sabermos como tem sido investido as verbas vindas de outras esferas, as quais esperamos respostas sobre as mesmas até agora", finalizou Serpa.