Sartorato partiu das Pirâmides do Egito, sentido a Alexandria; atleta percorrerá média de 100 quilômetros por durante seis meses
O Complexo de Gizé, no Egito, que abriga a Pirâmide de Quéops, única existente das Sete Maravilhas do Mundo Antigo, foi o palco escolhido para o mais novo desafio do brasileiro Alexandre Sartorato, ultramaratonista que iniciou nesta segunda-feira (31), sua segunda Volta ao Mundo. Aos 52 anos, o atleta correrá mais de duas maratonas por dia, para completar em seis meses um percurso por 30 países dos cinco continentes. Serão 15 mil quilômetros a pé, além de distâncias por via aérea sobre os oceanos.
Sartorato atravessa no primeiro trecho uma pequena distância até a metrópole litorânea Alexandria, no Mar Mediterrâneo. “Pretendo atravessar o Mar Mediterrâneo de Alexandria para Atenas durante a madrugada, para não atrasar a corrida” Do extremo Nordeste do continente africano, o desafio continua na Europa, onde terá sequência na Grécia e mais 19 países, encerrando esta etapa no Reino Unido.
De lá, virá de avião à América do Sul, onde atravessará Brasil, Uruguai, Argentina e Chile. Novamente por via aérea, atravessará o Pacífico, passando na Ásia por Japão, Emirados Árabes, Arábia Saudita, Jordânia e Israel, e na Oceania por Nova Zelândia e Austrália.
Defensor dos cuidados com a saúde e causas humanitárias, o brasileiro acredita na visibilidade do esporte para dar luz a campanhas sociais, como combate ao racismo, à desigualdade social e doenças terminais. “Meu combustível para essas jornadas é trazer à tona debates tão importantes, que por vezes se perdem em meio a questões supérfluas. Precisamos sanar a fome, a miséria, e todos os preconceitos que nos separam uns dos outros. Não apenas entre os brasileiros, mas toda a humanidade. Somos irmãos e o mundo está mais conectado do que imaginamos. Por isso eu decidi mais uma vez atravessá-lo a pé e mostrar que, se o nosso corpo é capaz disso, podemos fazer qualquer coisa”.
Aventuras prévias
Em 2007, ele realizou sua primeira volta ao mundo, partindo do Cristo Redentor e apoiando a candidatura do monumento nacional como uma das Sete Maravilhas do Mundo Moderno. Durante essa travessia, percorreu quase 100 quilômetros diariamente. Para isto, utilizou 42 pares de tênis, consumiu mais 2 mil litros de água, 600 litros de refrigerantes e mais de 100 quilos de macarrão.
Quatro anos antes, já havia percorrido os 5,3 mil quilômetros entre Oiapoque e Chuí, extremos Norte e Sul do Brasil, em 61 dias, ajudando a divulgar o Movimento Amanhã sem Câncer, do Instituto Nacional de Câncer.
Nessa 2ª Volta ao Mundo, Sartorato deve encarar temperaturas que variam de 50ºC a -20ºC. Para isso, o atleta se prepara desde 2020, realizando desafios simulados em condições de extremo calor e frio. Neste período, também correu de Cananéia (SP) a Paraty (RJ), atravessou o litoral catarinense e, por mais de uma vez, já ultrapassou 850 quilômetros na esteira ergométrica, sempre ativo nas mídias sociais divulgando causas como Médicos Sem Fronteiras e Aldeias Infantis SOS.
Referência local
Nascido em Cubatão (SP), Alexandre Sartorato recebeu antes deste novo desafio o título de Embaixador da Cidade, que já foi conhecida como o “Vale da Morte” devido a condições ambientais extremas. Orgulhoso de suas origens, transformou sua história tornando-se símbolo de superação, resiliência e inspiração.
Neste novo desafio, uma equipe de cinema acompanhará sua trajetória, produzindo um filme sobre sua vida e seu legado. “O objetivo deste registro é provar que nada é impossível, desde que haja fé, motivação, disciplina e apoio. Desde o início da minha preparação, eu só posso agradecer minha equipe, a parceria da mídia e de pessoas ao redor do mundo”.
A expedição tem o apoio do Instituto João Cláudio e pode ser acompanhada pelas redes sociais no perfil oficial de Sartorato: @sartoratoinfinitemarathon.
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