Projeto será o Trabalho de Conclusão de Curso do estudante.
VALENTIM CARDOZO
Da redação
Em tempos onde cada vez mais a sociedade encara a conservação ambiental como ato necessário para as gerações futuras, um jovem estudante cubatense já começa a dar sua contribuição dentro da profissão que escolheu para exercer, antes mesmo de iniciar sua carreira. Morador do bairro da Ponte Nova, no Jardim Casqueiro, Caio Reis, de 25 anos, é estudante do décimo semestre do curso de Engenharia Civil, da Universidade Santa Cecília – UNISANTA, e juntamente com mais dois colegas de classe (Bruno e Leonardo) decidiram a partir de plástico PEAD (material oriundo principalmente de tampinhas de garrafa) iniciar a fabricação telhas da construção civil vindas do próprio material.
Segundo Caio o intuito desse projeto, que nada mais é que o Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) do grupo e será apresentado e avaliado em dois congressos no mês de dezembro, além do reaproveitamento do material reciclável e a contribuição ao meio ambiente é baixar o custo de um produto que pode ter bem mais barato que as tradicionais telhas de barro, usadas nas moradias atuais. “Outro ponto interessante é a durabilidade da telha, pois sabemos que o plástico demora entre 300 e 400 anos para se decompor no meio ambiente e, esse seria aproximadamente o tempo de duração da telha. Ou seja, ao mesmo tempo que usamos o plástico PAD nesse processo, deixamos de agredir a natureza por 400 anos, também geramos o mesmo período de durabilidade no ramo da engenharia”, disse o estudante.
CONHEÇA O PROCESSO
Caio explicou a reportagem da FOLHA DE CUBATÃO, que tudo se inicia com o acumulo das próprias tampinhas de PEAD, as quais não podem ser colhidas do meio ambiente, devido correrem o risco de estarem contaminadas por poluentes e demais produtos tóxicos. “Por uma questão de saúde, higiene, risco de contágio por produtos tóxicos e até mesmo qualidade final do produto, acabamos por utilizar as tampinhas que ainda encontramos em casa. As quais são trituradas e consequentemente, levada a uma forma específica, também criada pelo nosso grupo de estudantes e em seguida, colocada em altas temperaturas dentro de uma estufa”, revela o futuro engenheiro.
Ele diz ainda que, durante o acabamento final, o excesso de material é retirado durante a adequação dos moldes da telha e que este também é reaproveitado para a fabricação de novas unidades. “Fico realmente muito contente, pois sou cubatense e nossa cidade tem muita relação com o aspecto ecológico devido a toda nossa história e, poder contribuir com isso de alguma forma e extremamente gratificante”, finaliza Caio Reis.
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