Após receber incentivos do poder municipal, Liga prevê 2019 bom para o Futebol da Cidade.
Da Redação
Considerado como um verdadeiro celeiro de craques para o futebol brasileiro, a várzea de Cubatão que já teve inúmeros craques desfilando seu talento nos campos das Cidade, vive a expectativa de poder voltar ao seus melhores dias, com o retorno do mais tradicional de seus torneios de futebol, a “Taça Cidade de Cubatão”, que já está em andamento e terá sua grande final no dia 9 de Abril, data de Aniversário da Cidade.
A Liga de Futebol Amador de Cubatão é o órgão que administra o esporte mais popular do mundo na Cidade. Fundada em 1955, a instituição acredita que os tempos áureos da várzea em Cubatão estejam ressurgindo.
LIGA DE FUTEBOL - Para o diretor executivo da Liga, Manoel Alves, mais conhecido como “Maninho”, o ano de 2019 promete uma várzea competitiva, como há muito tempo Cubatão já não acompanhava. “Temos a volta da tradicional Taça Cidade de Cubatão e do sempre competitivo Campeonato Cubatense. Tivemos uma reunião com o prefeito (Ademário Oliveira – PSDB) onde foi viabilizado por meio de emenda, o valor de R$ 30mil para arcar com os custos da Liga durante o ano, além da manutenção dos campos da cidade e da construção do novo campo de futebol do Bolsão”.
Maninho finaliza dizendo que a Taça Cidade de Cubatão já começou, e que os jogos estão bem emocionantes. “Convido os cubatenses a acompanharem nossos jogos, que estão ocorrendo pelos campos de nossa várzea, e estão enriquecendo os nossos finais de semana”.
VERA CRUZ E SR. LIMA- O futebol une paixões. E dessas paixões muitas histórias de vida se confundem com o próprio esporte em si. Em Cubatão não é diferente. Aos 79 anos de idade, o popular Sr. Lima já foi presidente de Clubes importantes, como E.C. 31 de Março e o vizinho Vera Cruz (na atualidade), que é o atual campeão cubatense.
Lima se dedica a várzea de Cubatão há mais de 40 anos. Dentro desse período já se envolveu de todas as maneiras possíveis com o futebol. “Como presidente dos clubes em que passamos (Lima sempre faz questão de dividir trabalhos e resultados com suas respectivas diretorias de época) sempre olhamos não só para o futebol amador, mas também para as categorias de base desses clubes, tanto no masculino quanto do feminino, onde muitos atletas já foram revelados”, diz orgulhoso, o futebolístico Lima.
Menino da Vila, Toninho Silva relembra sua época de Várzea em Cubatão
A várzea de Cubatão sempre contagiou o futebol da região. Tanto pelos grandes jogos que proporcionou, como pelos seus grandes jogadores, sendo que alguns chegaram a brilhar com as camisas de clubes profissionais do futebol brasileiro.
Um dos casos de atletas profissionais que jogaram a várzea de Cubatão, foi o de ex-volante do Santos F.C., Toninho Silva. Campeão paulista pela primeira geração dos “Meninos da Vila”, em 1978 e vice campeão brasileiro de 1983, em uma épica final contra o Flamengo, do então craque Zico, no qual a equipe rubro-negra ficou com o caneco, após um resultado de 3x0 a favor dos cariocas, no segundo jogo, em pleno estádio do Maracanã/RJ.
TAÇA CIDADE DE CUBATÃO DE 1977 - A final da Taça Cidade de Cubatão de 1977 foi uma das mais emocionantes da história do Torneio. Na disputa pelo título, duas equipes do Jardim Casqueiro:
BANDEIRANTES X E.C. JARDIM CASQUEIRO, que tinha o próprio Toninho Silva, como o camisa 9 daquela decisão, que ocorreu no Campo do E.C. CUBATÃO.
“Em uma partida de torcida gigantesca, se levarmos em consideração a população de Cubatão na época, e a quantidade de pessoas que comportava o local da decisão (20 ônibus vieram lotados do Casqueiro, com torcedores de ambos os times), a rivalidade estava à beira do gramado”, diz o Toninho, que logo em seguida, praticamente narra o gol do Título:
“O jogo estava bem difícil e acirrado, isso até os 35 minutos do segundo tempo, quando o “Maninho” (ex-atacante do E.C. Casqueiro e também morador do bairro) fez um boa jogada pela ponta e cruzou... foi aí que eu peguei de fora da área e.... modéstia à parte, fiz um golaço”.
Briga de torcidas – Segundo o próprio Toninho Silva, ao fazer o gol, empolgado, o então futuro jogador do Santos F.C. ao comemorar, tirou a camisa, o que acabou lhe custando a expulsão da partida. “Na hora, nem pensei nas consequências e, a torcida do Casqueiro, inconformada com a minha expulsão, iniciou uma briga com a torcida do Bandeirantes, o que causou uma interrupção no jogo de uns 10 minutos, mas quando o jogo reiniciou, mantivemos o resultado e fomos campeões da TAÇA CIDADE DE CUBATÃO. As comemorações foram até as 3horas da manhã, na sede do Clube”. Lembra saudosista o ex-jogador.
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