(*) RACHEL BALSEIRO
Como era de e esperar, o resultado das eleições presidenciais foi o mais acirrado da História, tendo como ganhador o ex-presidente Lula que volta ao poder pela maioria da população, como ocorreu com Getúlio Vargas, sendo que a partir de 01/01/2023, o Presidente eleito exercerá seu terceiro mandato presidencial.
Resguardadas as diferenças reais e inegáveis, com a era getuliana, estamos diante de um popularismo liberal que figura há mais de 40 anos na seara presidencial, como protagonista ou ocupando espaço, como árdua oposição.
O presidente eleito já foi reconhecido como tal, por vários chefes de Estado, pelos presidentes da Câmara dos Deputados Federais; Senado e Supremo Tribunal Federal. Seu opositor e atual Chefe do Executivo brasileiro ainda não se pronunciou sobre ter perdido a eleição, passada mais de 24 horas do resultado divulgado pelo TSE .
É importante salientar que não há um país bidividido, mas sim tridividido, uma vez que a abstenção foi de mais de 20% mais quase 5% de brancos e nulos e, que representam parte significativa da população brasileira, de importância fundamental para o pleito de 2026.
Se estivesse na política ativa, garanto que começaria hoje, dia 01/11/2022, a fazer campanha de fortalecimento dessa terceira via, com clara possibilidade de êxito nas próximas eleições.
O que vislumbro, com esse resultado apertado, é um mandato presidencial com críticos ferrenhos, uma situação de insatisfação generalizada e, o mercado ainda intranquilo com o silêncio do atual Presidente.
Não vejo alternativa para Bolsonaro, a não ser reconhecer a vitória do seu adversário Lula, mesmo que esse reconhecimento venha acompanhado de uma série de insinuações de fraudes, conspirações e apelos típicos de um populista conservador.
E, pelo que foi possível verificar, até entre seu clã já houve o reconhecimento da derrota e, que agora, irão se preparar para 2026, com uma nova tentativa de retorno do Bolsonaro ao cargo presidencial.
E, para o Brasil, analiso que a vitória do Lula é legítima e não há nenhum motivo para ser questionada, sendo que a tentativa de alguns fanáticos de impedir o fluxo natural das coisas é em vão e, totalmente sem sentido, como está ocorrendo com o fechamento de várias Rodovias pelo Brasil.
Teremos, assim como, o restante do mundo, um 2023 difícil, do ponto de vista econômico e político e, dependerá de todos nós fiscalizar e cobrar, sem paixões e fanatismos, projetos políticos, sociais e econômicos que façam o Brasil voltar a crescer e, recuperar sua imagem de grande nação apagada faz algum tempo.
(*) RACHEL BALSEIRO é professora universitária,
advogada, escritora e cientista política
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