(*) Por Rachel Balseiro
O debate teve um formato diferente, ao permitir que, em um total de 60 minutos, um candidato enfrentasse o outro livremente.
Na verdade, o debate em si, se sobressaiu às propostas e à objetividade das campanhas, que praticamente não existem.
Presenciamos dois protagonistas históricos, experientes, debatedores natos, utilizando com sabedoria a expressão corporal e, deixando o debate menos engessado.
Os temas livres se limitaram aos temas pandemia e corrupção, com severas acusações recíprocas, mas sem profundidade.
A agressividade que poderia ser exacerbada, foi claramente contida, em razão da proximidade permitida, havendo até uma certa leveza, a ponto dos candidatos se tocarem e rirem.
As perguntas dos jornalistas foram praticamente ignoradas, assim como, qualquer proposta clara de plano de governo.
É evidente que os candidatos tem planejamento de governo bem diversos, apesar de nenhum deles assumi-los de forma assertivo.
Na análise política, não houve um candidato que tenha se sobressaído ao outro.
Mas houve uma peculiaridade, que foi a presença, após o debate, do senador eleito Sérgio Moro, que se posicionou ao lado do candidato Bolsonaro, com o intuito de dar credibilidade aos argumentos sobre as acusações de corrupção da Lava Jato sobre o candidato Lula.
Por fim, não vislumbro uma melhora no nível das campanhas e, quanto aos indecisos, para mim, ainda continuarão indecisos.
(*) Por Rachel Balseiro
é professora universitária,
cientista política, advogada e escritora
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