(*) Rachel Balseiro
É a primeira vez na história de nosso País que teremos mais candidatos negros e pardos do que brancos, segundo os dados do TSE, serão 49,75% de pardos e pretos ante 48,68% de brancos. Representando essas porcentagens, temos 13.942 brancos; 4.000 negros e 10.248 pardos e, ainda a candidatura de 180 que se identificam como índios.
Quanto às mulheres, também, há um recorde de candidatas, pois segundo os dados dos TSE, são 9.397 mulheres que se registraram para a disputa, um aumento de 2,17% em relação às eleições de 2018. Entretanto, somente, 7 (sete) partidos alcançaram um percentual superior a 36% de candidaturas femininas. E, o único partido que traz mais candidatas do que sexo masculino, é o novato UP (UNIDADE POPULAR), que possui o número de 68,33% de suas candidaturas sendo mulheres.
E, ainda, o TSE apontou que há 35 candidaturas de pessoas que adotaram o nome social, representando os LGBTI+, sendo esta possibilidade uma novidade para essas eleições, contudo, a presidente da Associação Nacional de Travestis e Transexuais (Antra), Keila Simpson, explicou ao Metrópoles que esses indicadores que constam do TSE, com nome social, não contemplam todos os candidatos trans, havendo uma subnotificação.
E, a que podemos explicar essa ampliação na diversidade das candidaturas no país? Mais que tardia!
Inegavelmente, a Lei nº 12.034 de 2009 que determinou que cada legenda tenha no mínimo 30% para cada gênero e no máximo 70% para candidaturas de cada gênero, provocou um aumento significativo de mulheres, ao menos inscritas como candidatas.
E, também, temos uma outra questão de extrema importância, visto que desde 2020, há uma decisão do TSE que determina que a distribuição do dinheiro do fundo de campanha seja proporcional ao total de candidatos negros do partido.
E, não menos importante, foi outra decisão do TSE, em 2021, que votos para deputado federal dados a candidatos negros e para as candidatas mulheres valerão em dobro.
Diante de todos esses fatos e argumentos colocados, muitos fatores de interesse mais econômicos e políticos explicam, o aumento das candidaturas em todos os casos, mas em especial, entre negros, pardos e mulheres.
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