"O Polo de Cubatão venceu algo real. Coisa que pensávamos só existir em filme de ficção"

Herbeth Passos Filho, presidente do Sindquim/BS

Herbert Passos Filho, Presidente do Sindicato dos Químicos da Baixada Santista, sobre o enfrentamento ao coronavírus em 2020.

 

VALENTIM CARDOZO
Da redação

 

Considerado um dos setores da economia mais afetados no ano de 2020 com avanço da COVID-19, a industria brasileira realmente teve agravantes consideráveis nos últimos 365 dias. Porém, o Polo Industrial de Cubatão, em sua grande maioria, principalmente no que se diz respeito ao setor químico, teve um período de conquistas pontuais e consideráveis, no que se diz respeito a empregabilidade e estratégias protocolares no combate ao coronavírus.

A avaliação positiva vem do próprio Sindicato Dos Qúímicos da Baixada Santista - Sindiquim/BS. O presidente da Instituição, Herbert Passos Filho (que também ficou a frente da Força Sindical, no estado de São Paulo, por um período considerável no último ano) em entrevista exclusiva a FOLHA DE CUBATÃO, como foi conquistado o sucesso obtido em 2020 e quais as tratativas já em andamento para o ano que se inicia.

 

Segundo ele, apesar de tudo, 2020 foi um ano vitorioso tanto para o empresariado quanto para o trabalhador do Polo de Cubatão. "Sobrevivemos a algo que pensávamos que só existia em filme de ficção. Isso se deve muito ao diálogo efetuado com sucesso por intermédio do próprio Sindicato com os operários e o próprio setor patronal, onde encontramos modelos os quais não imaginássemos que fossem possíveis, o que nos coloca hoje com melhores perspectivas, devido termos conseguido de forma coletiva a convivência de todos e até melhorar a economia por diversas vezes, já que os funcionários tiveram reconhecimento por parte da própria industria, inclusive com premiações, como os programas de participação de lucros e resultados".

 

Passos diz também que por intermédio do diálgo todas as empresas do Polo Industrial de Cubatão sobreviveram, já que houve o entendimento de ambas as partes, principalmente na hora de organizar todo o planejamento e cronograma, para que a crise fosse realmente superada, principalmente no que se diz respeito a manutenção da mão de obra, fazendo com que os empregos dos trabalhadores fossem preservados. "Isso fez com que o Sindicato convencesse os patrões a premiarem seus funcionários, devido a dedicação coletiva da categoria em uma época tão difícil como essa que vivenciamos, no enfrentamento de uma pandemia. Já na questão de se manter o número do quadro operacional, isso só foi possível devido a produtividade que os trabalhadores mantiveram nas suas respectivas empresas, apesar de algumas alterações pontuais que tiveram que ser impostas como as jornadas de trabalho, o deslocamento e prevenção dentro das áreas industriais, para que esses empregos fossem mantidos", explica o presidente.

 

PLANEJAMENTO PARA 2021 - O sindicalista conclui dizendo que a experiência no ano passado fez com que o planejamento para 2021 fosse discutido pelo próprio SINDQUIM antes mesmo do início do ano. "Já estamos fazendo toda a verificação dos atos ocorridos no Polo, semre identificamos os percauços, com metas em prever de forma técnica nossas demandas, não só na questão da empregabilidade, mas também em setores como meio ambiente, logística e relação direta com a sociedade. Assim sendo, digo aos nossos trabalhadores que o SINDQUIM terá um ano de 2021 com muito trabalho, para que todos os setores do Polo industrial de Cubatão continuem vitoriosos", finaliza.

 

VEJA ALGUMAS DAS CONQUISTAS DO SINDQUIM EM 2020:

 

1) Pioneirismo na construção de protocolos; 2) Excelência na prevenção de contaminação; 3) Normalização na produtividade; 4) Renda mensal dos trabalhadores mantida; 5)Alterações de jornadas aprovadas em assembléias; 6) Número de 4,77% no fechamento da Convenção; 7) Acordos de datas base aprovados; 8) Excelência na convenção de trabalho Home Office; 9) Participação de Lucros e Resultados mantidos de acordo a valorização do Dólar; 10) Única entidade a reivindicar premiação aos trabalhadores na crise, com atendimento emmais da metade do Pólo de Cubatão.