Cubatão, 22 de Novembro de 2024 - 00:00:00

Sem reforma e nem novo prédio, Escola do Bolsão 8 tem portões fechados com o término das atividades do EJA

16/01/2022
Sem reforma e nem novo prédio, Escola do Bolsão 8 tem portões fechados com o término das atividades do EJA Escola foi literalmente lacrada e... parece que definitivamente.

 

Realidade ocorre em um núcleo de ensino localizado em uma região populosa da cidade.

 

VALENTIM CARDOZO

Da Redação

 

Com o encerramento das atividades da EJA  (Educação de Jovens e Adultos) da Escola Martim Afonso, no Jardim Nova República (Bolsão 8), foi totalmente decretada ao menos na prática, a desativação por completo do único aparelho de ensino fundamental e educação de jovens e adultos pelo município no bairro. Em dezembro de 2.020, o aprendizado regular já havia sido transferido compulsoriamente para a rede estadual, já a partir de janeiro do ano passado.

 

A escola que completaria 35 anos e está concentrada em uma das áreas que mais cresceu em números de habitantes na cidade (devido a transferência de famílias da região da Serra do Mar, pelo Governo do Estado), já chegou a proporcionar educação para cerca de 1.100 alunos por ano, em diversas gerações diferentes. No entanto, a prefeitura afirmava na época que uma nova escola seria construída no bairro, dizendo que a demolição de uma unidade de ensino, juntamente com a construção de um novo prédio, era mais em conta do que realizar a manutenção de um próprio antigo.

 

Porém, passados dois anos de escola fechada devido a pandemia, que teve início em março de 2.020, nada foi feito. Nem o prometido prédio novo por parte do governo e, muito menos uma reforma, para que ao mínimo a escola pudesse continuar por mais algum tempo de atuação, com o recomeço das aulas presenciais

 

Segundo o ex-diretor do Martim Afonso, Peter Maahs, que estava à frente da unidade há 13 anos, a luta pela continuidade da escola por parte de diretores, professores, mães de alunos e até dos próprios estudantes foi constante durante todo esse período. “Desde 2.020 a comunidade vem se mobilizando tanto para cobrar a prefeitura quanto pela manutenção do prédio. O prefeito recebeu a comissão na época, quando ele nos prometeu a reconstrução do prédio e reabertura das atividades. No entanto nada aconteceu e toda a comunidade do Jardim Nova República e bairros adjacentes sofrem com o fechamento por completo do Martim Afonso”, diz o diretor.

 

Peter, ainda explica que o prejuízo com o fechamento da escola não é só pedagógico, pois afeta outras áreas da sociedade civil local. “Primeiramente, as crianças terão que se deslocar por uma distância maior para estudar e, consequentemente todos sabemos o ônus que uma escola a menos causa em todo o complexo social de uma comunidade. O que pode não ser refletido agora, mas com certeza terá sérias consequências futuras”, conclui.

PREFEITURA – A equipe de reportagem da FOLHA DE CUBATÃO pediu nota a prefeitura para esclarecimentos sobre a desativação total da Escola Martim Afonso. Porém até o fechamento dessa edição, não obtivemos resposta.

 

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