Toldo decola com ação de "ciclone-bomba" e perfura telhado de casas em Cubatão

Telhado ficou destruído

Os danos ocorreram em um conjunto de casas na Vila Santa Rosa. Ninguém se feriu.

 

VALENTIM CARDOZO
Da Redação

 

Os fortes ventos que sopraram forte na Baixada Santista na madrugada da última quarta-feira, dia primeiro de julho causaram estragos em Cubatão. Foi possível ver placas de estabelecimentos comerciais, assim como portas de aço danificadas devido a força da natureza, no bairro da Vila Nova e também no Centro de Cubatão.

Na região denominada Vila Santa Rosa, as margens da avenida Nove de Abril, os danos foram grandes para moradores de um conjunto de casas, que fica exatamente no mesmo quintal, na rua Radialista Orlando Curti. Um grande toldo de uma empresa especializada em resíduos ambientais, simplesmente foi levado pelo vento e acabou perfurando o telhado e o forro dessas moradias, por volta das quatro horas da manhã, causando muita destruição nos imóveis. Felizmente não havia ninguém nas residências, pois os moradores já haviam saído para trabalhar. Ninguém se feriu.

O Corpo de Bombeiros de Cubatão assim como a Polícia Militar foram acionados e chegaram dentro de intantes ao local da ocorrência. Horas depois, ainda era possível ver o trabalho dos oficiais retirando as estruturas metálicas do toldo de cima das casas, que estavam com seus telhados totalmente perfurados.

"Minha sorte foi que eu já estava na feira, trabalhando, pois como você pode ver, o cano do toldo perfurou o telhado da minha casa, justamente no meu quarto bem do lado da minha cama. Além disso, outros suportes do toldo perfuraram a cozinha, onde estava minha motocileta, que agora está toda suja de entulho", lamenta o o venezuelano Andrews Buitrago, que já vive no Brasil há aproximadamente quase dois anos.

DONO DA EMPRESA - O proprietário de empresa de meio ambiente da qual o toldo simplesmente "decolou", o empresário e ex-vereador cubatense Ivânio Batista, estava no local, e disse que todos os danos causados pelo incidente aos moradores serão custeados pela Empresa. "Estamos aqui no local desde quando ficamos sabendo do ocorrido. Ainda bem que não ocorreu nenhum dano físico com ninguém e iremos arcar com todas as despesas necessárias com aqueles que tiveram prejuízos", disse o empresário.

SUPOSTO CICLONE -   Segundo o consultor em educação científica Rodolfo Bonafim, as rajadas de vento ocorrentes na madrugada da última quarta-feira na Baixada Santista, são consequências de um chamado "Ciclone-Bomba", que se localizava na região Sul do Brasil, nos estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina, mais especificamente. "Apesar do ciclone estar estacionado em outra região, seus reflexos chegam até aqui. É um ciclone bastante forte, já que os ventos dele podem chegar até 150km/h e essa velocidade seria além da velocidade mínima de um furacão, isso nas proximidades de seu núcleo, no Sul do país. Mas é bom deixar claro que, mesmo com essa velocidade, aqui na nossa região esses ventos não serão sustentáveis, ou seja, apenas rajadas fortes, causando apenas uma pré-instabilidade desse fenômeno natural", relatou o especialista.