Cubatão, 21 de Novembro de 2024 - 00:00:00

Vila Santa Rosa convive com surto de chikungunya

16/07/2021
Vila Santa Rosa convive com surto de chikungunya Segundo moradores e comerciantes, o bairro é um foco da doença.

 

Moradores e comerciantes dizem que muitas pessoas já foram diagnosticadas com a doença.

 

VALENTIM CARDOZO

Da Redação

 

Desde o início do segundo trimestre de 2021 (de abril até o momento), moradores e comerciantes da Vila Santa Rosa (região central da Cidade) vem reclamando de inúmeros casos de Febre Chikungunya no bairro. Segundo eles, o surto da doença já deixou muitos familiares, vizinhos e conhecidos bem debilitados e até hospitalizados, já que os sintomas da enfermidade a qual é transmitida pelo mosquito Aedes Aegypti (mesmo transmissor da dengue) são bastante fortes e constantes como febre, dores musculares, nas articulações, na cabeça, fadiga e erupção cutânea, os quais minam as forças da pessoa infectada.

 

Morador da Rua Ceará, o advogado Luiz Henrique Pieruzi (que é filho da saudosa vereadora e membra do Conselho Municipal de Saúde, Nêga Pieruzi), já foi vítima da doença, a qual também foi diagnosticada em mais pessoas da família. Pieruzi recorda que a bandeira da prevenção e conscientização sempre foi erguida por sua mãe, enquanto atuava no Conselho, porém, na prática ele revela não ter presenciado, ao menos na região de Santa Rosa, nenhum tipo de ação combativa contra a proliferação da doença.

 

“Moro aqui há anos e nessa administração realmente não tive o prazer de ver os agentes de saúde visitando as casas e os comércios, ao menos aqui em nosso quadrilátero, que é uma região com grande fluxo de pessoas diariamente. O tão famoso “carro fumacê”, que seria uma ação bem direta e de fácil acesso e uso por aqui, já que falamos de uma área bem estruturada de Cubatão, como a Vila Santa Rosa, também não foi visto, não só por mim, mas por qualquer pessoa que leva sua vida nessas redondezas, sejam moradores ou comerciantes”, relata o advogado.

 

Dona de uma casa de artigos religiosos na Rua Bahia, a qual já está na terceira geração de familiares proprietários, Alexsandra Miranda (49) disse que sofreu muito com a doença e que muitos de seus clientes também disseram que tiveram a enfermidade, ou que alguém próximo também foi vítima do vírus. “Não apenas aqui no bairro, pois tenho clientes em toda a cidade, e era constante as declarações de casos de chinkungunya em Cubatão. Todas essas pessoas ficaram muito debilitadas devido as ações do vírus no organismo, pois teve gente que se queixou de não ter força nem para abrir uma garrafa d’água, devido o inchaço nas articulações”, disse a dona da loja.

 

Ela também relata que as sequelas são consequências que muitas das vezes demoram a passar, já que ela faz uso de remédio até os dias atuais, sendo que foi diagnosticada com a chikungunya entre os meses de março e abril deste ano. “Ainda estou sendo medicada com anti-inflamatórios, para aliviar as dores, pois alguns desses remédios tem me causado insônia constante e, no caso de quem já tem alguma comorbidade é muito difícil se recuperar. Há a necessidade que se descubra rápido onde são esses focos, pois eu também não vejo nenhuma ação do poder público para que isso seja resolvido o mais rápido possível”, disse a comerciante, que mora nas proximidades da loja e, disse que teve vizinhos que vieram a óbito devido a doença.

 

PREFEITURA – A equipe de reportagem da FOLHA DE CUBATÃO entrou em contato com a assessoria de imprensa da prefeitura de Cubatão, para pedir esclarecimento sobre as denúncias dos moradores da Vila Santa Rosa. Porém até o fechamento da reportagem, não obtivemos resposta.

Comentários

  • Nenhum comentário. Seja o primeiro a comentar!

Aguarde..